SINDICATO DO COMERCIO DE FEIRA DE SANTANA

Em entrevista Presidente Marco Silva defende estabilidade tributária

O presidente do Sindicato do Comércio de Feira de Santana (SICOMFS), Marco Silva, concedeu uma entrevista ao portal “De olho na Cidade” onde manifestou preocupação com o desgaste gerado pelas recentes negociações em torno da reoneração da folha de pagamento, aprovada pelo Senado na última terça-feira (20). A proposta, que agora segue para análise da Câmara dos Deputados, estabelece regras de transição para o fim da desoneração de 17 setores da economia.

Marco Silva destacou que a desoneração da folha, introduzida durante o governo Dilma Rousseff, foi uma medida crucial para manter empregos em setores que empregam grande número de trabalhadores, mas que não possuem altos faturamentos. “Cobrar impostos sobre o salário desestimula tanto a geração de empregos quanto o pagamento de melhores salários”, afirmou Marco, enfatizando a importância de tributar o faturamento das empresas em vez dos salários, como forma de manter uma carga tributária mais justa.

A tentativa do atual governo de reverter a desoneração por meio de uma Medida Provisória, que aumentaria a alíquota sobre os salários, foi rejeitada pelo Congresso. Marco criticou essa iniciativa, observando que as empresas já estavam adaptadas à tributação vigente e que a mudança repentina gerou insegurança no setor. “O governo mudou isso através de uma medida provisória, mas a Câmara e o Senado rejeitaram, pois as empresas estavam programadas para a tributação vigente”, explicou.

Além disso, Marco Silva criticou a busca do governo por apoio judicial no Supremo Tribunal Federal (STF) para reverter a decisão do Congresso, classificando essa atitude como prejudicial para o ambiente de negócios. A solução intermediária alcançada pelo Senado, que mantém a tributação sobre o faturamento até 2024 com um retorno gradual da cobrança sobre os salários a partir de 2025, foi vista pelo presidente do SICOMFS como um consenso necessário, embora longe do ideal.

O Brasil já tem uma carga tributária muito alta. Precisamos de normas tributárias estáveis e compreensíveis. Não se pode fazer uma novela em cima de impostos, pois isso desestimula a geração de emprego e renda”, concluiu o presidente do SICOMFS, reforçando a necessidade de estabilidade nas normas tributárias para fomentar o desenvolvimento econômico e garantir um ambiente mais seguro para as empresas.

Com a continuidade das negociações na Câmara dos Deputados, o SICOMFS segue atento aos desdobramentos, defendendo a manutenção de políticas que incentivem a geração de empregos e a estabilidade para o setor de comércio em Feira de Santana e em todo o Brasil.

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